O espírito do "que caminha pelas matas", em nós habita. Que haja fôlego e disposição.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Release: Revista Aventura & Ação


Caros leitores do blog, há um tempo atrás, tive contato com esta maravilhosa revista veiculada no mercado brasileiro. Simplesmente, um deleite para os amantes da aventura! Desde as primeiras linhas do editorial, até a característica foto da natureza em sua última página, a leitura da revista me prendeu sentado na cadeira como outras não haviam conseguido.
Há 13 anos no mercado brasileiro, a revista, além de ser referência sobre o assunto, está sempre perto das práticas da aventura, já que sempre firma parceria com expedições, ou mesmo, desígna alguma promoção para ter o contato com o leitor, mais estreito.


Com muita seriedade, a redação da revista é impecável, já que além do bom gosto para a escolha de suas matérias (sejam principais ou secundárias), sempre mantém uma postura objetivada na consciência ambiental, o que faz por si só, o trabalho digno de respeito.
A revista é bimestral e de difícil acesso nas bancas de jornais, por morar em uma cidade do interior, digo que aqui encontrá-la é impossível. Talvez nas cidades grandes, ou cidades de médio porte, pode-se encontrá-la nas bancas, ou em outro caso, em lojas especializadas na prática de esporte de aventura. Devo lembrar à todos, que distante de qualquer impedimento para a obtenção do material, o suporte administrativo da revista conta com a assinatura, assim fica fácil qualquer um, em qualquer região do Brasil, conseguir a maravilhosa revista. Um brinde aos entusiastas da aventura do Brasil!


Sites relacionados:

http://blogdaaventuraeacao.blogspot.com/

www.aventuraeacao.com.br/

Destino: Brotas- SP





A cidade de Brotas, ficou nacionalmente conhecida, com a ascenção da dupla sertaneja João Paulo & Daniel na década de 1990, mas no entanto, é óbvio que não trataremos sobre estes cidadãos brotenses nesta matéria.
Brotas, foi fundada em 1839 após a construção de uma capela nas redondezas, entre as extensas propriedades rurais, foi distrito de Araraquara e também de Rio Claro, quando em 1859, emancipou-se.
Brotas é banhada pelo rio Jacaré-Pepira, e seu curso e bastante acidentado e sinuoso. Com grandes e temerosas corredeiras e cachoeiras. Durante a década de 1990, a cidade passou a proporcionar para o turista, uma infraestrutura relacionada ao turismo de aventura, ou turismo ecológico. Desde então, inúmeras empresas do ramo se instalaram na cidade e iniciaram suas atividades.



 Com suas estações climáticas bem definidas, Brotas conta com, além das inúmeras agências de turismo, uma gama de pousadas e hotéis, que proporcionam ao visitante, bem estar, conforto, e diversão. Distante em torno de 250km da capital do estado, é uma excelente indicação para quem quer aproveitar o verão com uita adrenalina e aventura, como paz, tranquilidade e sossego. Povo gentil e acolhedor, além de atrações relacionadas à aventura, Brotas traz ao turista, atrações dos mais variados gêneros, tal como manifestações da cultura regional, já que a cidade é antiga e histórica. Diversão para toda a família!




Sites relacionados:

http://www.brotas.sp.gov.br/

http://www.brotasonline.com.br/

http://secturbrotas.blogspot.com/

http://www.reservebrotas.com.br/

http://www.pousadasdebrotas.com.br/

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Plantas Silvestres Comestíveis






NOTA – Essa especialidade necessita de um instrutor conhecedor a fundo do assunto, que possa mostrar na prática tudo o que é pedido, para que o desbravador aprenda o que comer quando em dificuldade.

1. Fotografar, reunir fotos ou desenhar quinze plantas silvestres comestíveis. Identificar cada planta na natureza.

2. Identificar, na natureza, cinco árvores e cinco trepadeiras que têm partes comestíveis.
NOTA – Algumas árvores apresentam casca comestível, bulbo, talos, sementes, tubérculos e frutos que podem servir de alimento. A palmeira tem o palmito em seu interior.

3. Identificar, preparar e comer cinco tipos de frutas silvestres, três tipos de bebidas, três plantas de saladas, três plantas de saladas, três hortaliças ou ervas e duas raízes ou tubérculos.
NOTA – Existem mais de 30.000 espécies de plantas silvestres comestíveis. Algumas frutas silvestres que podem ser encontradas com facilidade são: amora, banana-da-terra, mamão e manga. Todas as frutas encontradas são, em geral, boas para a alimentação. As bebidas podem ser: água-de-coco, suco de alguma fruta e garapa da cana-de-açúcar. Para a salada podemos preparar alface, couve ou folhas não amargas. Das hortaliças, podemos fazer sopas com vagens, cenouras e feijões. As raízes ou tubérculos comestíveis, se destacam a mandioca e o inhame.

4. Demonstrar a preparação de alimentos silvestres em cada uma das maneiras a seguir:
a. ferver – frutas (estas também podem ser comidas cruas, em sua maioria).
b. tostar – alimentos já fervidos ou cozidos podem ser tostados para diversificar o sabor.
c. fritar – tubérculos, como a mandioca e o inhame.
d. assar – grãos e sementes em geral.

5. Demonstrar como preparar quatro porções de algodãozinho do campo (asxlépia) ou hemorocale para comer.
NOTA – O Algodãozinho-do-campo (Asclepias curassavica) provém da região nordeste, em climas de caatinga e mata de altitude, por esse motivo pode ser meio difícil de encontrar. No entanto, o item pede que sejam preparadas as porções e o candidato à especialidade deve encontrar um meio ou substituição.

6. Explicar como identificar três fungos comestíveis e como identificar os cogumelos venenosos.
NOTA – Identifique na prática. Temos algumas dicas: Agárico, políporo e amonita são fungos que podem ser digeridos sem problemas. Mas há fungos venenosos, como o trichosporos que forma filetes pretos nas árvores, o cândida que tem cor esbranquiçada e o ostilago que produz uma espécie de carvão nas gramíneas.

7. Qual raiz de planta pode ser seca e moída para se fazer farinha?
Mandioca.

8. Conhecer pelo menos oito famílias que têm plantas venenosas ou duvidosas.
Essas são algumas plantas que causam os principais casos de intoxicação na região de São Paulo: Saia-branca, mandioca-braba, pinhão-paraguaio, mamona, comigo-ninguém-pode, joá, espirradeira, oficial-de-sala, giesta e chapéu-de-napoleão.

9. Qual é a principal regra para determinar se uma planta é comestível?
Um alimento amargo não deve ser ingerido. Não coma nenhum alimento estranho sem antes prova-lo. Cozinhe, coloque um pouco na boca, mastigue. Se o gosto for desagradável ou amargo, é um guia seguro de que não deve ser ingerido. Outros fatores ajudam a distinguir também: se o alimento tiver partes cabeludas também não poderá ser ingerido.




fonte: www.especialidades.org

Resenha de Livro: O Enigma do Coronel Fawcett - A Verdadeira História do Indiana Jones (Hermes Leal)



Uma vez, um grande amigo, me indicou este livro. Porém eu estava de passagem pela cidade deste amigo, e no entanto, li apenas um pouco do livro. Depois de um tempo, numa visita à biblioteca municipal de Ourinhos, me deparei com este livro numa estante. Peguei-o emprestado, e li, basicamente numa sentada.
O livro, é fruto da pesquisa do jornalista e escritor brasileiro Hermes Leal, que também interessado pela história do coronel inglês, foi à campo, pesquisou, e publicou - uma obra muito interessante. Empreitada mais modesta e humilde (em relação à pesquisa de David Grann), Hermes Leal, nos trás às luzes uma outra perspectiva e interpretação sobre o caso Fawcett. Houve até ( e ainda deve haver) alguma espécie de briga judicial entre os jornalistas, mas no entanto, eu, leitor das duas obras, afirmo que cada livro, traz uma ideia diferente sobre os acontecimentos ocorridos com Fawcett e quem estava com ele. Mesmo sem ter tido toda a estrutura que o jornalista inglês teve para elaborar sua obra, o brasileiro Hermes Leal não mediu esforços e esmiuçou como pode toda a história. Além de que, consegue, sem ser dogmático, apresentar uma perspectiva mística sobre a vida de Fawcett. Texto extremamente bem elaborado. Obra prima.



Sobre o Autor:

Hermes Leal (Araguaína - TO, 1959), é escritor, documentarista e diretor de TV. Formado em Jornalismo em Goiânia, pela UFG e Mestre em Cinema pela ECA/USP. Especializou-se semiótica e em roteiro, participou das oficinas de roteiro do Sundance, e desenvolve pesquisas no campo da narrativa, e é doutorando na área de Semiótica da FFLCH/USP. Trabalhou nas redações da Rede Manchete, SBT e TV Record.

Resenha de Livro: Sir Richard Francis Burton (Edward Rice)



Poucos homens tiveram uma vida tão variada e aventurosa como a do capitão inglês sir Richard Francis Burton (1821-1890). Mais conhecido pela escandalosa tradução do texto As Mil e Uma Noites, e por ter sido um dos primeiros europeus a penetrar no coração da África em busca das nascentes do rio Nilo, Burton foi explorador, soldado, erudito, aventureiro, escritor, agente secreto, diplomata, e tradutor. Viveu em quatro continentes - morou inclusive no Brasil - uma existência desmedida, marcada pela busca de conhecimento e aventura. O livro é resultado de 18 anos de pesquisa do autor, Edward Rice. Durante esses anos, o autor visitou a maioria dos lugares por onde Burton passou, esta biografia traça um empolgante retrato de uma das figuras mais proeminentes do século XIX. 



Resenha de Livro: Antiga História do Brasil de 1100 a.C a 1500 d.C ( Ludwig Schwennhagen)



Em minhas andanças por Florianópolis, também encontrei esse curioso livro.
Foi Pedro Álvares Cabral quem, de fato, descobriu o Brasil ou povos antigos teriam estado aqui antes dele? Será que ele realente chegou ao Brasil por acaso, ou conhecia descrições da costa de um continente seguindo o poente? Quem primeiro oficiou funções religiosas aos índios , Henrique de Coimbra, ou altos sacerdotes da Mesopotâmia? Quem explorou a mineração primeiramente por aqui, os portugueses ou os fenícios e egípcios? Perguntas como essa são levantadas nesta obra de excepcional valor como fonte de estudos sobre o descobrimento e a colonização do Brasil por povos antigos. Ao pesquisar durante anos a origem da língua tupi, Ludwig, se diz convicto de que os fenícios chegaram aqui primeiro que os portugueses, e habitaram o Piauí há 3 mil anos, dando origem a época civilizatória brasileira. Ao tomar este livro nas mãos o leitor se fará muitas perguntas, pois a História está registrada nos compêndios, mas o tempo demonstra que suas verdades podem um dia ser reformulada. Leitura indicada para aqueles que, ao lerem um livro didático na escola, um dia questionou se aquela informação era realmente a verdadeira. Ótima para quem não tem conceitos formados sobre a história antiga do Brasil.

Resenha de Livro: Z A Cidade Perdida: A obssessão mortal do coronel Fawcett em busca do Eldorado brasileiro ( David Grann)



Passeando pelas ruas do centro de Florianópolis há algumas semanas, estava visitando alguns sebos da cidade, quando num deles, me deparei com este livro numa vitrine. Não hesitei e o comprei.
Trata-se de um livro sobre as expedições de Percy Harrison Fawcett no solo brasileiro em busca de indícios arqueológicos que comprovassem a existência de uma extinta civilização no coração do Brasil. Durante anos, esta ideia esteve incutida na mente do coronel britânico que buscou até o último instante que se tem notícias para comprovar suas teorias. Fawcett, o filho Jack, e Releigh Rimell, desapareceram em algum ponto da selva, no que hoje é conhecido por nós como Parque Nacional do Xingu.
Existe toda uma aura de mistério dentro desta história fantástica. Não somente o desaparecimento de Fawcett e sua equipe, como outras que foram lá com o intuito de resgatá-los, tornam mais intrigante a história desta epopeia mística e arqueológica na qual, depois de algum tempo, pode-se observar que os apontamentos de Fawcett tinham coerência. Devido ao renome e histórico do autor, David Grann, teve acesso à inúmeros documentos (tal como escritos do coronel), além de uma vasta pesquisa de campo, que consistiu também em sua empreitada na selva matogrossense. A leitura do livro é um prato cheio para quem gosta de aventuras das quais poderiam ser colocadas Indiana Jones, ou Allan Quartemain como personagens principais.

" Com uma descrição vívida e realista das condições infernais enfrentadas pelos que tentaram se embrenhar na Amazônia e compondo um panorama da era das grandes explorações do final do século XIX, o livro transporta o leitor para uma aventura no "inferno verde" da floresta."




Sobre o Autor:
David Grann escreve para a revista New Yorker desde 2003. Já explorou temas que variam desde a caçada de uma lula gigante até a morte do maior especialista em Sherlock Holmes do mundo. Grann também escreve para as revistas New York Times Magazine e The Atlantic, além de escrever para os jornais The Washington Post e The New Republic

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Francis Drake (1540 - 1596)

Francis Drake




Sir Francis Drake, Vice-Almirante (1540 - 27 de Janeiro 1596) foi um capitão Inglês, corsário, navegador, um pirata famoso e um político da era elisabetana. Elizabeth I da Inglaterra condecorou Drake de cavaleiro em 1581. Ele foi o segundo em comando da frota Inglês contra a Armada Espanhola em 1588, subordinado apenas a Charles Howard e à própria rainha. Ele morreu de disenteria em janeiro 1596, depois de um mau ataque a San Juan, Porto Rico. Suas façanhas eram lendárias, tornando-o um herói para os Ingleses, mas um pirata para os espanhóis, a quem ele era conhecido como El Draque, 'Draque " sendo a pronúncia espanhola ' Drake '. Seu nome em latim era Franciscus Draco ("Francis the Dragon") . O rei Filipe II foi reivindicado por ter oferecido uma recompensa de 20.000 ducados, cerca de £4.000.000 (EUA $ 6,5 milhões) pelos padrões modernos, por sua vida . Ele é famoso por (entre outras coisas), levando a primeira volta ao mundo Inglesa em 1577-1580.
Ficou conhecido por sua luta obstinada contra Felipe II da Espanha e por ter sido o primeiro dos grandes da marinha inglesa. Liderou a esquadra inglesa que derrotou a Invencível Armada, tida como a maior força naval da Europa à época, com desvantagem numérica e poucos mantimentos, assegurando a supremacia naval britânica. Fez pirataria nas Caraíbas contra navios e possessões espanholas, viajou ao longo da América do Norte e foi o primeiro comandante inglês a circum-navegar o mundo.

[editar] Biografia

Alguns historiadores afirmam que teria sido filho bastardo de Isabel I de Inglaterra. Chegou a capitão de navio aos vinte anos de idade. Dois anos mais tarde foi atacado e derrotado pela Armada Espanhola, perdendo o navio e quase perdendo a vida, o que lhe legou um ressentimento profundo aos espanhóis.
Em 1577, a rainha enviou Drake numa expedição para atacar os espanhóis ao longo da costa do Pacífico nas Américas. Drake partiu no Golden Hind, atravessou o estreito de Magalhães, devastou os territórios espanhóis das costas ocidentais da América, tomou posse da Califórnia (a que chamou "Nova Albion"), e regressou à Europa via Índias Orientais pela rota do cabo da Boa Esperança tendo completado a segunda circum-navegação do mundo (1580). O seu golpe mais famoso foi o ataque ao galeão espanhol Cacafuego (1579) ao largo da costa do Panamá.
Em 1588 liderou a Armada Inglesa na defesa ao ataque da Invencível Armada, da qual afundou vinte e três navios.
Morreu em 1595 após um ataque ao Panamá, afirma-se que de disenteria, tendo o seu corpo sido sepultado nas águas do Caribe. Segundo a lenda, o seu corpo foi lançado ao mar trajando uma armadura de ouro de dezoito quilates, com sua espada, também de ouro.
A Passagem de Drake tem esse nome em sua homenagem.

 Como é o visual por lá
 Estreito

Percy Fawcett (1867 - 1925)

Coronel Percy Fawcett


Fawcett nasceu em 1867 na cidade de Devon, Inglaterra. Em 1886 entrou para a Royal Artillery e acabou escalado para trabalhar no Ceilão, onde conheceu sua esposa. Depois trabalhou como agente secreto britânico na África Meridional e aprendeu técnicas de sobrevivência na selva.Fawcett era também um agente do serviço secreto inglês,o MI6 e estava como agente duplo servindo a organização secreta The Seven Circle,recrutado pelo controvertido spymaster, o mágico MaskMelin, desde que esteve no Ceilão e tomou contato com os sábios que decodificaram a estatueta que lhe fora presenteada pelo escritor H. Rider Haggard.Era também amigo do escritor Arthur Conan Doyle, que mais tarde utilizaram suas histórias como base para escreverem a obra "Lost World". Suas histórias também serviram de inspiração supostamente para a criação de aventuras envolvendo o personagem Indiana Jones.
A primeira expedição de Fawcett na América do Sul ocorreu em 1906 quando ele viajou ao Brasil para mapear a amazônia em um trabalho organizado pela Royal Geographical Society. Ele atravessou a selva, chegando em La Paz, na Bolívia em junho desse mesmo ano.
Fawcett realizou sete expedições entre 1906 e 1924. Ele tinha a habilidade de conquistar os povos que habitavam os locais explorados dando-lhes presentes. Ele retornou a Inglaterra para servir ao exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial, mas logo após o fim da guerra retornou ao Brasil para estudar a fauna e arqueologia local.
Em 1925 convidou seu filho mais velho, Jack Fawcett, para acompanhá-lo em uma missão em busca de uma cidade perdida, a qual ele tinha chamado de "Z". Após tomar conhecimentos de lendas antigas e estudar registros históricos, Fawcett estava convencido que essa cidade realmente existia e se situava em algum lugar do estado do Mato Grosso, mais precisamente na Serra do Roncador. Curiosamente antes de partir ele deixou uma nota dizendo que, caso não retornasse, nenhuma expedição deveria ser organizada para resgatá-lo.O seu último registro se deu em 29 de maio de 1925, quando Fawcett telegrafou uma mensagem a sua esposa dizendo que estava prestes a entrar em um território inexplorado acompanhado somente de seu filho e um amigo de Jack, chamado Raleigh Rimmell. Eles então partiram para atravessar a região do Alto Xingú, e nunca mais voltaram.
Muitos presumiram que eles foram mortos pelos índios selvagens locais. Porém não se sabe o que aconteceu. Os índios Kalapalos foram os últimos a relatar terem visto o trio. Não se sabe se foram realmente assassinados, se sucumbiram a alguma doença ou se foram atacados por algum animal selvagem.
Durante as décadas seguintes, foram organizadas várias expedições de resgate, porém nenhuma obteve resultado positivo. Tudo o que conseguiram foram coletar histórias dos nativos. Alguns disseram que eles foram mortos por indígenas hostis ou que animais selvagens os atacaram. Ouviram também algumas versões mais fantásticas dentre as quais destacam-se a história de que Fawcett teria perdido sua memória e estaria vivendo como chefe de uma tribo de canibais ou de que eles realmente encontraram a cidade perdida, mas foram impedidos de retornar para manter o segredo da existência de tal local.
Ao todo, cerca de 100 exploradores morreram tentando procurar pelos membros da expedição de Fawcett. Três expedições de resgate também desapareceram na mesma região, que continua praticamente inexplorada até os dias atuais.
Em 1952, seis anos depois do primeiro contato com os índios Kalapalo, os índios confidenciaram a história dos exploradores que haviam sido mortos muitos anos antes quando passavam na região. A narrativa levava a crer que os exploradores eram Percy Harrison Fawcett, Jack Fawcett e Raleigh Rimmell. O Cel. Fawcett teria advertido crianças da aldeia que, por sua curiosidade, ficavam perto de seu acampamento tocando nos objetos pessoais dos exploradores. A conduta do coronel, no entanto, não teria agradado os pais das crianças resolvendo, assim, responder àquela conduta ofensiva do visitante. Jack e Rimell teriam sido flechados e descartados no rio. O Cel. Fawcett teria sido morto com golpes de borduna e enterrado numa cova raza rente a uma árvore.
Diante desta declaração, Cláudio e Orlando Villas Bôas localizaram o local onde teria sido morto o explorador inglês. Lá foram achados ossos humanos e objetos pessoais evidentemente de nossa sociedade como: faca, botões e pequenos objetos metálicos. Teria, assim, terminado o mistério do desaparecimento do explorador inglês. A ossada passou por inúmeros testes, no Brasil e Inglaterra, mas não se chegou a uma conclusão satisfatória. Atualmente, os ossos achados em 1952 pelos Villas Bôas encontram-se no Instituto Médico Legal da Universidade de São Paulo. Foi realizado o exame de DNA mitocondrial mas a família Fawcett se recusa a submeter-se a este exame.
Em 1996 os índios da tribo Kalapalo capturaram uma expedição que visava solucionar o mistério e somente os liberaram após eles declararem desistência.

 A suposta ossada de Fawcett
 Um dos caminhos desbravados por Fawcett
 A comitiva
 Percy Fawcett e Jack Rimmell
 A estatueta que levou Fawcett à Serra do Roncador
 Campanha Ingesa no Mato Grosso


Fonte:
wikipedia.com

"A verdadeira História do Indiana Jones - A história de Percy Fawcett".  Hermes Leal.

Richard Burton (1821-1890)

 Richard Burton


Richard Francis Burton nasceu em Torquay, Devon, às 9:30 da noite, em 19 de março de 1821 (em sua autobiografia, ele erroneamente diz ter nascido em Elstree, Hertfordshire). Seu pai, Joseph Neterville Burton, ocupava a posição de tenente coronel do exército inglês e havia nascido na Irlanda, embora de linhagem inglesa. A mãe de Burton chamava-se Martha Baker, herdeira de uma fortuna considerável. A criança foi batizada em 2 de Setembro de 1821 na Igreja de Elstree. Teve um irmão chamado Edward Burton e uma irmã chamada Marie Katherine Elizabeth Burton.
Devido a complicações respiratórias, Joseph Burton viajaria com sua família pelo continente, fixando-se ora em cidades francesas ora em cidades italianas, em busca de um clima ameno, puro e seco, o contrário da Inglaterra.
Preocupado com a educação de seus filhos, contratou professores particulares, mas o aprendizado dos meninos foi durante algum tempo negligenciado. E como se não bastasse o problema da instrução, havia as constantes brigas e desafetos, aventuras e travessuras em que Richard e seu irmão se metiam. O pequeno Burton "logo deu mostras de um traço violento em seu caráter. Aos cinco anos quis matar o porteiro por ter troçado de suas armas de brinquedo". Aos três anos de idade, Burton receberia as primeiras noções de latim. Aprenderia com facilidade e rapidez o francês e o italiano.
A indisciplina e a rebeldia dos irmãos Burton era tremenda: em Nápoles, conheceram um grupo de prostitutas; em Pau, na França, foram convidados por contrabandistas a fazerem parte de uma quadrilha. Durante a adolescência no continente eram ingovernáveis: "Experimentamos de tudo o que se possa imaginar, inclusive a mascar e a fumar ópio".
Mas essa vida desregrada estava com seus dias contados. Em 1840, o coronel Burton e seus dois filhos retornam a Inglaterra. Estava decidido: Richard ingressaria no Trinity College, Oxford. De imediato a universidade causou-lhe má impressão e não demorou muito para criar os primeiros atritos. Embora fosse bom aluno, suprindo as deficiências de sua educação e se igualando aos colegas, Burton não sentia qualquer entusiasmo pela vida acadêmica. Logo ficaria conhecido por desafiar colegas para duelos, andar com prostitutas e frequentar acampamentos ciganos. Era patente o seu desprezo por colegas e professores, lamentando ter de passar a vida cercado de quitandeiros. Ele estava profundamente frustrado, pois via o modo como os outros estudantes "desaprovavam minhas maneiras estrangeiras, e minha aversão pelo colégio e pela universidade, em relação aos quais eu deveria me mostrar sentimental, terno e romântico, era quase uma blasfêmia".
Na primavera de 1842, após desafiar a proibição da universidade e ir assistir a uma corrida de cavalos, Burton foi expulso de Oxford. Não que ele fizesse muita força para ficar. Na verdade tinha outros planos: ingressar na carreira militar, nas fileiras da Ilustre Companhia das Índias Orientais, a empresa que monopolizava o comércio com a Índia e outras partes do Oriente. Ao abandonar a universidade sobre o alto de um coche, tocava uma trombeta de quase um metro. Com as rodas da carruagem destruiu os canteiros, acenando e mandando beijos para as moças das lojas.
Em 1842, Burton parte para a Índia com o intuito de engrossar as fileiras do 18º Regimento da Infantaria Nativa de Bombaim, exército da Companhia das Índias Orientais. Mesmo sem saber, estava rumando para o que ficou conhecido com o Grande Jogo: a disputa entre as potências européias por territórios na Ásia Central e Ocidental. Permaneceu em Bombaim durante poucas semanas, mas foi ali que começou a exercitar e aprender o hindustani, gujerate e persa, e onde também adentrou no fascinante e exótico mundo nativo por meio dos bazares e bordéis.
Recebendo ordens da Companhia, Burton parte para Baroda, uma cidade em Gujerate. Lá se envolveria com aquela que ele chamou de "booboo", uma esposa nativa, costume amplamente disseminado entre os ingleses na Índia. Adentraria no catolicismo, o que faria Isabel Burton afirmar que Richard era um católico. É mais provável, no entanto, que ele fosse agnóstico, embora posteriormente nutrisse franca veneração pelo Islã. Foi iniciado como brâmane em uma seita das mais misteriosas e primitivas, cujos sacerdotes adoravam a serpente, “naga”. Chegou ao ponto de receber uma honra nunca antes concedida a um ocidental ou recente convertido: a autorização para usar o Janeo, o cordão bramânico de três fios de algodão. Isso dava a Burton o direito de pertencer a mais elevada casta hindu.
Seu constante interesse e sua participação contínua na vida social e cultural nativa rendeu-lhe por parte dos colegas oficiais o apelido de "negro branco".
Em 1843 foi requisitado em Karachi, na província de Sindh, onde iria servir sob o General Charles Napier. A serviço deste percorreu as mais diversas regiões de Sindh, o delta Indo, chegando às fronteiras do Pundjab, atravessando as colinas baluchis, usando sempre do disfarce (comerciante, peão, dervixe), conseguindo transitar por diversas tribos, numa época em que outros foram mortos em pleno exercício da espionagem. Embora bastante conhecida e mencionada, de sua participação como agente secreto pouco se sabe, pois Burton não a menciona abertamente em seus livros.
Data dessa época seu envolvimento com o islamismo, que ele defendeu como a verdadeira fé salvadora, sendo um praticante confesso durante toda a sua vida, embora com algumas recaídas. Foi iniciado também na via mística do Islã, o sufismo, e entraria para a ordem Qadiris, a mais poderosa e difundida até então. Richard seria um pioneiro na divulgação dessa doutrina.
Burton esteve ligado ao Setor de Levantamentos de Sindh, um departamento de pesquisas e informações topográficas, aprendendo com o uso de equipamentos rústicos e simples a medir distâncias, conhecimento que seria válido em suas futuras explorações na Arábia e na África Oriental.
Designado por Napier para investigar os bordéis de Karachi, iria denunciar em um relatório o envolvimento de oficiais britânicos com jovens rapazes que se prostituíam, o que lhe valeu sérios danos a sua reputação, pois seus detratores logo levantaram a hipótese da participação de Burton nos bordéis.
Em março de 1849, após contrair uma séria enfermidade, frustrado com a vida na Índia (onde despertou a fúria de muitos e poderosos inimigos), Burton retorna a Inglaterra.
Cerca de um ano após seu retorno, Burton se instala em Boulogne. Dá início a um estudo exaustivo e rigoroso de esgrima, e seu manejo se tornaria célebre entre ingleses e franceses. Dividia seus interesses entre a escrita e as mulheres: estava envolvido com a redação de quatro livros ao mesmo tempo. Prolífico e criativo, mesmo assim Burton logo se viu visitado pela melancolia e seria assaltado por sérias depressões no decorrer de sua vida. Apaixonou-se por uma de suas primas, Elizabeth Stisted. Richard fazia muito sucesso entre as damas e teve inúmeros casos amorosos. " Como era não apenas um homem bonito, mas de forte magnetismo, as mulheres se apaixonavam por ele às dúzias". Acabaria conhecendo em Bologne sua futura esposa, Isabel Arundell.
Em 1853 parte para o Cairo com o intuito de visitar a cidade sagrada de Meca e "estudar meticulosamente a vida íntima do muçulmano". Sob os auspícios da Royal Geographical Society de Londres e a licença de um ano do exército, Burton iria realizar o famoso hajj, a peregrinação que todo devoto deve fazer à Meca pelo menos uma vez na vida, tendo condições físicas e financeiras para tal. Além do interesse religioso, havia a finalidade de conhecer e preencher lacunas cartográficas a respeito das regiões orientais e centrais da Arábia que eram desconhecidas
Suas experiências anteriores seriam de grande importância, uma vez familiarizado com o comportamento e costumes dos muçulmanos, pois disfarçado de peregrino teria que seguir à risca detalhes do modo de ser dos islâmicos: vestimenta, as minúcias de beber e comer, sentar e urinar, defecar, dormir e rezar, sem falar na prova inconteste de ser ou não um muçulmano, a circuncisão. Se Burton cometesse algum erro e fosse descoberto poderia ser morto.
Foi aconselhado por outro peregrino a abandonar o disfarce de hajj ajami e assumir o de pathano, homem nascido na Índia e de pais afegãos, uma vez que esse novo disfarce justificaria qualquer peculiaridade de seu sotaque. De toda a sua experiência nessa perigosa viagem resultaria um livro, The pilgrimage to Al-Medinah and Meccah (1855).
Em 1854, segue em direção a Bombaim de onde começou a formular uma nova aventura: uma expedição à África, mais especificamente à costa da Somaliland, que seguiria então para o interior até Harar, rumando em seguida para o sul, na esperança de localizar as famosas e misteriosas fontes do Nilo. A África Oriental e seus portos apareciam, então, aos olhos da Companhia das Índias Orientais, ávida em seus interesses estratégicos e comerciais.
O objetivo mais imediato de Burton era a lendária cidade de Harar. Mas de início ele logo sofreu oposição por parte de seus inimigos quanto à expedição pela Somália, que fariam de tudo para prejudicar seus planos. Em setembro desse ano conheceria o Capitão John Haning Speke, a princípio seu companheiro e amigo e logo um terrível rival.
Seguiu sozinho para a cidade sagrada de Harar, cujos muros nunca haviam sido ultrapassados por nenhum europeu. Seus líderes eram hostis até mesmo aos cristãos abissínios. Contava com a fama de ser um centro do islamismo e também como ponto do tráfico negreiro. Existia uma tradição que a cidade encontraria sua ruína à entrada do primeiro cristão. Superstição ou não, Harar cairia vinte anos após a visita de Burton
Ao entrar na cidade, foi apresentado ao governador, o Emir. Sob suas dependências, correndo o risco de ser morto, não ousou sequer tomar notas. A expedição durou quatro meses e trocando cumprimentos e votos mútuos, Burton se despediu do Emir.
Em companhia do Capitão Speke, do tenente G. E. Herne e do tenente William Stroyan, junto com um contigente de carregadores africanos, Burton seguiu com os objetivos da Expedição Somáli: a busca da nascente do Nilo. Mas em Berbera a expedição foi terrivelmente atacada por um grupo de tribos somális. As consequências foram trágicas: Stroyan foi barbaramente assassinado; Speke fora capturado mas escapou com inúmeros ferimentos e Burton teve um dardo penetrado pela sua face esquerda, o qual saiu pela direita, arrancando dois molares e cortando o céu da boca.
Os detratores e opositores de Burton e da Expedição logo acharam a oportunidade de culpar o Capitão pelo fracasso da missão. Houve uma investigação, mas mesmo não tendo culpa no ocorrido, o fato contribuiria negativamente para a carreira de Burton.
Em 1855, reincorporou-se ao exército a partiu para Balaklava, esperando participar da guerra da Criméia. Conseguiu um posto numa unidade de cavalaria chamada "Cavalaria de Beatson", cujo nome popular era "Cabeças Podres". Estes se envolveram em um motim e durante a investigação, Burton teve seu nome citado. Conseguiu, contudo, contornar a situação, apesar dos novos danos a sua reputação.
Conseguindo um novo patrocínio da Royal Geographical Society, em 1857, Burton partiu para a sua mais famosa exploração e também para o desfecho amargo e trágico com John Haning Speke. Eles partiriam de Zanzibar para explorar o coração da África e tentar descobrir as lendárias nascentes do Nilo, uma empresa romântica e altamente perigosa. Contudo, seu verdadeiro objetivo era levantar um conjunto de informações a respeito de erros geográficos e também verificar os possíveis recursos da África Central e intertropical.
A expedição sofreu com vários contratempos: roubos e problemas de conduta por parte dos carregadores e também as várias moléstias que acometeram Burton e Speke (Richard contraiu malária e teve inúmeras febres, sendo carregado em algumas partes da expedição; John contraiu uma espécie de cegueira e teve problemas em um dos ouvidos). Ambos prosseguiriam constantemente doentes África adentro. Em 1858, apesar de todos os percalços, Burton descobriu o lago Tanganica. Seu companheiro, ainda sofrendo de cegueira, foi incapaz de divisar o lago. O mal tempo e a perda de O mal tempo e a perda de instrumentos preciosos, bem como a hostilidade dos nativos, foram os grandes vilões da expedição.
Em suas constantes conversas com mercadores árabes, Burton tomou conhecimento da existência de um grande lago mais ao norte. Para evitar problemas, enviou Speke com o intuito de fazer um reconhecimento da região, uma vez que a presença deste junto dos nativos e árabes que acompanhavam a expedição não era bem quista. Speke demonstrava aos poucos a verdadeira têmpera de sua personalidade: um homem intolerante e bruto, insensível e profundamente ignorante quantos aos costumes dos nativos, ambicioso, sendo que frequentemente ofendia os carregadores, o que contribuiu muito para sua impopularidade na expedição.
Speke acabaria encontrando o lago Vitória, afirmando prematuramente ter descoberto a verdadeira fonte do Nilo. Os dois companheiros discutiriam a validade de tal afirmação, o que aumentou ainda mais o fosso entre os dois: Burton lamentaria que desde a descoberta do Vitória, seu amigo mudara radicalmente.
A disputa pública que se seguiu na Inglaterra acabaria por desfazer qualquer laço de amizade. Speke não cumpriria o combinado de apresentar-se em conjunto com Burton, pois ambos fariam um discurso aberto a respeito da expedição. Ao chegar em Londres, Richard encontrou Speke transformado em uma celebridade, vendo todo seu desempenho reduzido.
Inúmeras vezes Speke tentou denegrir e manchar a reputação de Burton. A descoberta do Vitória, entretanto, não mostrou conclusivamente que a fonte do Nilo era o lago. Burton e outros alegaram que as informações de Speke eram superficiais e imprecisas.
O desfecho de tão amarga, controversa e pérfida disputa ocorreu em 16 de setembro de 1864: Burton e Speke iriam se encontrar frente a frente para um debate público na região da British Association. Mas uma tragédia ocorreu: Speke morrera atingido por sua própria arma. Aquilo abalaria Burton profundamente. Visivelmente transtornado, Richard decidiu não dar o seu discurso.
Burton ao longo de sua vida foi ao mesmo tempo um brilhante linguista e aventureiro temerário, bem como uma figura complexa e polêmica. Sobre sua existência pairava uma série de rumores e suas opiniões (o abuso de poder inglês nas novas colônias e a iminência de uma revolta nativa, o ensino universitário deficiente, a liberalização sexual, a abolição do tráfico negreiro) e seus interesses singulares (afrodisíacos, circuncisão, castração, poligamia) contribuiriam para torná-lo uma pessoa não muito bem vinda nos lares vitorianos.
Em seus livros e traduções, notas e ensaios, comentou abertamente os mais variados hábitos sexuais dos povos que explorou, sendo preciso e minucioso: chegou a medir o pênis de um africano. Os inúmeros detalhes e temas e a maneira franca e ousada como os dissertava ofendiam a moral vitoriana e a classe media inglesa. Sua vida na Índia demonstra que participou ativamente de rituais sexuais e religiosos dos nativos, o que representou uma quebra e uma afastamento da moral cristã ocidental, rompendo com tabus sexuais, raciais e sociais de seu tempo.
Após relatar a ocorrência de oficiais britânicos que usavam dos serviços de jovens rapazes nos bordéis de Karachi, não faltaram rumores relacionando Burton e a homossexualidade, que pairou sobre sua vida desde então, especulada ainda mais por sua amizade com o poeta Algernon Swinburne e por andar frequentemente em companhia de jovens rapazes. Era viciado na maioria das drogas na época, fazendo uso do ópio e haxixe. Sofria de constantes depressões e durante o início da vida adulta teve problemas com o alcoolismo.
Os biógrafos estão em desacordo sobre se Burton teve ou não relações homossexuais (ele mesmo jamais o reconheceu explicitamente em seus escritos). Estas alegações tinham começado no Exército por ocasião de uma investigação secreta a pedido do almirante Charles Napier, efetuada dentro de uma casa fechada masculina frequentada por soldados britânicos. Alguns enxergaram na precisão de detalhes do relato de Burton uma indicação de que ele próprio frequentava o estabelecimento. Seus escritos posteriores sobre o tema da pederastia e o fato de que o casal Burton tenha se mudado sem filhos alimentaram ainda mais as especulações.
Burton possuía uma natureza explosiva e irascível, seu temperamento irônico despertou inimigos em diversos cantos do mundo.



 Fonte:
wikipedia.com


Curso de Técnicas Verticais Alaya Turismo de Aventura - Brotas-SP (Julho 2011)

Ao final do mês de junho, fui convidado por Leandro, um amigo que estuda na mesma universidade que eu, para irmos para Brotas, cidade do interior paulista. A cidade é a capital do turismo de aventura no estado, e o convite surgiu para que eu pudesse fazer um Curso de Condutor de Técnicas Verticais, e trabalhar na empresa que subsidia o curso, a Alaya Expedições e Turismo de Aventura. 


Previamente, apenas Leandro e eu iríamos de ônibus, mas no entanto, Leandro avisou depois de alguns dias que um outro rapaz iria conosco, de nome também Leandro, bombeiro na cidade de Santo Antônio da Platina-PR (80km de Ourinhos). Mudamos a forma de locomoção até Brotas, resolvemos ir com o carro do Leandro, o bombeiro, e assim tive que mudar a maneira que iria fazer para encontrá-los. Ourinhos se localiza como a última cidade na fronteira sul entre o estado de São Paulo, e o estado do Paraná. A separação é feita pelo rio Paranapanema, que acaba fazendo o papel de linha fronteiriça imaginária entre os dois estados. No entanto, logo ao cruzar o rio, existe uma praça de pedágio, que impede os motoristas atravessarem o trecho sem pagar. Meus dois amigos Leandro, moram na cidade de Jacarezinho-PR (20km de Ourinhos), e para não pagarem o pedágio, fizeram um contorno passando por outra cidade paranaense que dá acesso ao estado de São Paulo nas proximidade de Jacarezinho, Cambará. Assim sendo, tive que me deslocar para a cidade mais próxima dessa saída sem pedágio para o estado de São Paulo. Assim sendo, saí logo de manhãzinha da rodoviária de Ourinhos em direção à cidade de Salto Grande. De lá, eu iria encontrá-los e seguiriamos viagem.
Seguimos até a cidade de Leandro, quem havia nos convidado para a empreitada, em Echaporã, bela cidade situada numa serrinha, com algumas cachoeiras em seu entorno, daí explica-se a prática antiga de Leandro em técnicas verticais. A cidade fica entre a cidade de Assis, e a cidade de Marília, e está aproximadamente 120km de Ourinhos. De Echaporã, seguiríamos sentido Brotas. Partimos de Salto Grande as 9:30a.m, e nossa chegada estava prevista para as 13:00p.m, devido à nossa parada em Echaporã.

Em algum lugar entre Assis e Echaporã
 Leandro, eu, Leandro Bombeiro
 Leandro, eu, e Leandro Bombeiro
 Os três já em Brotas

Vale ressaltar, que não tínhamos certeza alguma de algum tipo de alojamento para nós enquanto estivéssemos em Brotas. Sendo assim, preparei minha mochila, como se fosse para uma incursão na mata. Apenas tínhamos a idéia de acampar. Fazia um frio tremendo naquele início de julho, e em nossas mentes apenas tínhamos a certeza de que iríamos passar dificuldades certemente. Mesmo com os benefícios que a empresa nos proporciona, passaríamos poucas e boas em Brotas.
Porém, ao chegarmos em Brotas, Leandro resolveu visitar uma amiga dos tempos em que trabalha na temporada para a Alaya. Ao chegarmos lá, fomos muito bem por uma senhora japonesa de 65 anos, Maria do Carmo, mais conhecida por todos como "Vovó". Ela vendo nossa condição, prontamente cedeu sua casa para que pudéssemos ficar. Sabia que iríamos enfrentar muitas dificuldades se fôssemos ficar acampados. Assim sendo, aceitamos o convite, e nos instalamos lá. Todo o meu equipamento para acampar fora trazido à toa, apenas serviu para fazer volume e peso na minha bagagem. Depois de saber que nossa situação estava confortável e garantida, só nos restava sair dar uma volta pela cidade para relaxar depois de uma viagem cansativa.

Maria do Carmo, "Vovó" para os íntimos

 Parque dos Saltos
Parque dos Saltos

Depois de uma noite reconfortante, nossas energias estavam recarregadas. Acordamos as 7:00a.m e fomos para a agência da Alaya para tratar da situação de inscrever-nos para o curso. Depois de tudo acertado, fomos em direção à base que nos fora designada.
A Alaya tem duas bases de treinamento e prática dos esportes de aventura que ela oferece. Na base chamada de A.C.A (Alaya Centro de Aventura), oferece-se espaço para a prática de escalada, rapel in door, arvorismo, arvorismo infantil, mini rafting, e bóia cross. Esta base fica localizada cerca de 4km do centro de Brotas. Dentro da propriedade correm as águas do rio Jacarépepira, onde são praticados os esportes de águas brancas (mini rafting e boia cross).
Na base conhecida como ECO PARQUE, são oferecidas as práticas de Voo do Falcão (Tiroleza), caiaque nas águas da Represa do Patrimônio, Cavalgada, Trilha, além do Canionismo. A base fica localizada à 22km de Brotas, num conjunto de terras arrendadas da fazenda Sinhá Ruth. Nas cercanias da área da Alaya estão localizadas 2 cachoeiras, a cachoeira do Patrimônio com 35m de atura, e a cachoeira do Jacaré com 45m. Já o Voo do Falcão é um conjunto de 5 vias de tiroleza, que costuram o cânyon do rio Jacarepepira que por ali passa.
 Cachoeira do Jacaré no ECOPARQUE
 Cachoeira do Patrimônio no ECO PARQUE
Esquema do Voo do Falcão
 Visão lateral do deck de Rapel e Escalada no A.C.A
.Visão frontal do deck de rapel e escalada no A.C.A

Primeiramente, fomos apresentados pela equipe da base, no caso, nós três fomos para o ECOPARQUE. Nosso instrutor, Daniel, experiente condutor e profissional de técnicas verticais, apresentou o conteúdo do curso e de todos os desígnios da função. Foi nos perguntado o conhecimento prévio de algum tipo de prática em altura, o que no entanto era nulo. Assim, passamos à ter as instruções teóricas sobre as atividades. Já logo no primeiro dia, tivemos contato recreativo com a atividade do Voo do Falcão, e as informações sobre todo o operacional.
No segundo dia, passamos a ter instruções sobre nós e ancoragens para descida de rapel. Daniel nos ensinou os parâmetros técnicos de todos os nós e das ancoragens, evidenciando qual é o tipo de procedimento mais apropriado para determinadas situações. Depois, fomos para o deck de treinamento de rapel (uma plataforma de 6m de altura). Lá tivemos noções práticas de todos os procedimentos que deveríamos ter durante as descidas das cachoeiras. Até esse momento, eu não evidenciava nenhum tipo de medo. A atenção em aprender todos os procedimentos era muito mais importante, e assim, fiquei muito concentrado.
No dia seguinte, seria o momento de colocarmos o medo à prova, e conseguir vencê-lo, tornando-se alguém mais sábio e perspicaz. Logo pela manhã, de um dia muito frio por sinal, descemos para o cânyon do rio Jacarepepira para preparmos a ancoragem para a primeira descida do dia, a descida da cachoeira de São Sebastião do Patrimônio. A cada passo que eu dava em direção à cachoeira, ficava cada vez mais excitado - sentia a adrenalina correr nas veias. Chegando lá, a condutora Fernanda e o condutor Igor, passaram a preparar o local para a elaboração da ancoragem. Uma corda de 100m foi usada para a criação da via de descida. Assim que tudo estava pronto, Igor desceu primeiro para lá embaixo, fazer a segurança de quem fosse descer depois.
Chegou a hora. Eu me deparei com aquele precipício e o medo e a excitação tomaram conta de mim. Porém, não perdi o foco. Chequei meu E.P.I (Equipamento de Proteção Individual), olhei para Fernanda, e ela me deu sinal de positivo. Comecei a descida. Foram até hoje, os momentos mais radicais que vivi. Ao passo que sentia aquela torrente de água cair no meu peito, senti a força da natureza. Uma experiência extasiante!


 Leandros
 Pátio do ECOPARQUE
 Pátio do ECOPARQUE
 Bombeiro na Slackline
 Transportes de Condutores e Aspirantes
 22km
 Agência Alaya
 Equipe indo para o ECOPARQUE
 Daniel, o Instrutor
 Display na agência
 Estrada Brotas - Torrinha
Estrada Brotas - ECOPARQUE

 Recebendo instruções
 Recebendo instruções
Descendo o deck
Instruções na cachoeira
 
Descendo
Água
Vista do Voo do Falcão

Para mais informações sobre as atividades da Alaya, acesse o site:

www.alaya.com.br