O espírito do "que caminha pelas matas", em nós habita. Que haja fôlego e disposição.

domingo, 24 de abril de 2011

127 Horas

Este filme, 127 Horas, conta uma história baseada em fatos reais. Estes fatos, foram experienciados pelo aventureiro norte amerciano Aron Ralston. Aron, é protagonizado pelo ator norte americano James Franco.
Aron Ralston Lee, em 2003, aos 28 anos de idade, planejou uma escalada no Cânyon Blue John, no estado de Utah. Aventureiro experiente, Aron Ralston era profundo conhecedor do local, e seguramente partiu em direção à sua aventura. Com todos os aparatos de segurança necessário, Aron tinha uma estrutura necessária para conseguir concluir sua jornada tranquilamente. Evidentemente, além de muito consciente sobre suas necessidades em campo, mostrava-se um tanto indiferente quanto ao mundo que o cercava fora destas empreitadas.
 Aron (James Franco), destemido
  Ao cair, se ergue com facilidade

É evidente, através da ótica do filme, que Aron fora displicente, não dando importância ao que ele considerava o contrário, avisar alguém para onde estava indo. Ele foi, simplesmente. Acreditando tendo pleno dominío de qualquer circunstância adversa que poderia abater-se sobre ele.
Realmente, ele tinha um domíninio vasto sobre a região. Logo no início de sua aventura, Aron encontra duas garotas que procuram um lago subterrâneo de águas cristalinas. Perdidas, Aron as ajuda a encontrar o lago. Depois de um desfrute das águas, Aron parte novamente rumo ao seu objetivo maior, praticar esclada no Blue John Cânyon.
Pouco depois de se despedir das garotas e seguir seu caminho, o infortúnio esperava por Ralston. Ao inciar a descida por uma fenda nas formações rochosas, uma rocha grande, desliza ao passo que Aron pisa nela. Ele escorrega, e ao encontrar o chão, a rocha vem de encontro ao seu braço direito, esmagando-o e deixando-o preso.
 A rocha esmaga seu braço
Deixando-o completamente preso
A partir desse momento, começa uma corrida contra o tempo, contra a morte. Aron Ralston contava com pouco mais de 400ml de água, e não tinha a menor idéia como sair daquela situação. O que restava para ele, era apenas mater a calma, e tentar encontrar uma solução. Ele organizou tudo que poderia ser útil para conseguir retirar seu braço debaixo daquela rocha.
Ele tinha mosquetões, grampos, cordas de rapel, 400ml de água, um canivete multi uso, e uma lanterna. Primeiramente, e sem eficácia, ele tentou talhar a rocha com seu canivete, pouco tempo depois, percebera que não haveria como ele conseguir. Depois, ele tentou, através do método de elevação com cordas, remover a rocha; no entanto Ralston percebeu que o fato de suas cordas terem certa elasticidade, esse fator não criava uma força de tração muito boa para conseguir elevar a rocha. Cria-se uma situação de muita tensão, Aron se vê sem nenhuma perspectiva para conseguir sair daquele lugar. A noite chegaria, e a temperatura cairia drásticamente.
A noite caíra, e Ralston, com todas as suas roupas, tentava se aquecer do frio que fazia. Era impossível dormir. Durante as primeiras horas do dia, ele sentia bastante frio, pelo fato de que o calor do sol, ainda não incidira na fenda onde dele estava preso. De calor solar diretamente na pele, Aron só conseguia sentir durante poucos minutos do dia. Nesse momento, Aron já registrava passo à passo, tudo o que estava acontecendo com ele, em sua câmera digital. Perdiodicamente, ele fazia relatórios sobre suas condições.
 Foto original de Aron na tentativa de elevar o rochedo
Foto original de Ralston, gravando um vídeo em sua câmera
Os 400ml de água que Aron tinha, cada vez mais iam acabando. Num rigor disciplinar muito grande, Ralston contava exatamente iguais, os intervalos entre um gole e outro de sua preciosa água. Quando a água acabou, ele passou à tomar sua própria urina, no intento de conseguir conservar-se hidratado por mais tempo possível. No entanto, sem saber discutir se a divina providência foi tomada, começa a chover em um dos dias em que Aron estava preso naquela fenda. Na verdade, uma tempestade abateu-se sobre o deserto. Ralston só pensava em abastecer-se de água, e ao mesmo tempo, beber daquela água. Porém, depois de um tempo de chuva, uma tromba d'água, que veio percorrendo a fenda onde estava Ralston, que ao encontrar com aquela mássa de água vindo em sua direção, Aron soube que passaria por apuros. Ele quase morreu afogado. 
O tempo se esgotava, e Aron deveria tomar uma decisão muito importante para preservar sua vida. Somente amputando o próprio braço, que ele poderia sobreviver à aquela situação. Todas as outras possibilidades haviam acabado, e esperar que alguém por ali passasse seria inútil. Começa aí, uma viagem espiritual, para que Aron conseguisse romper as barreiras do plano físico. Num embate mental incessante, Aron contestou tudo aquilo que havia acontecido com ele até então, entre pensamentos consistentes, e devaneios conseqüencia das alucinações por fome e desidratação, Ralston percebeu que apenas amputando o próprio braço direito, que ele poderia escapar dali com vida, e mais adiante procurar ajuda. A batalha para vencer a dor começa. Depois de aplicar um torniquete um pouco acima da região onde ele iria amputar, Aron desfere o primeiro golpe com a lâmina de seu canivete multi uso.
Daquela maneira, ele não aguêntaria de dor, e partir os ossos de seu antebraço com aquele canivete seria impossível. Somente quebrando os ossos, que ele poderia conseguir retirar o próprio braço mais facilmente. Com uma atenção para não danificar nenhum tipo de artéria do seu corpo, Aron depois de algumas horas, conseguiu enfim,amputar seu raço direito. Imediatamente, ele o colocou dentro de sua bolsa de água, e partiu em busca de socorro.
A tensão e o desespero
 A fria reflexão 
 O início da atitude
A vitória da necessidade
Aron Ralston, demorou cerca de 127 horas para tomar a decisão que preservaria sua vida. Cinco dias entre a vida e a morte. Porém como, percebe-se a vontade de viver de Aron, fez com que ele pagasse o preço que fosse para conseguir manter-se vivo. Depois de muita reflexão sobre tudo em sua vida, o aventureiro soube fazer o que era mais importante para ele. E não deixando se abater posteriormente, Ralston continua suas mesmas práticas de antes do ocorrido. Ele aprendeu muitas lições com essa experiência que vivera, mas não deixou-se abater por traumas e medo, seguindo o destino que escolhera.
 Nada afetou Aron, tornando uma pessoa diferente do que sempre fora
Apenas algumas modificações





A volta...

Aqui estão as desculpas de quem, com vergonha de assumir, faz dois meses que não posta nada no blog...


Como não ando tendo muito tempo para poder postar sobre novas aventuras, vou me dedicar nesta semana, a escrever algumas resenhas de filmes relacionados à aventura. É mais fácil, e rápido do que elaborar todo o texto detalhado de uma expedição.

Os filmes que comentarei são:

127 Horas (2010 - Direção Danny Boyle)
Na Natureza Selvagem (2007 - Direção Sean Penn)
O Homem Urso (2005 - Direção Werner Herzog)