O nosso belo e imponente "Panemão"
Mais uma vez, pronto para ir me aventurar, juntei os amigos e partimos...
14 Novembro
6:00a.m - Luan chega em casa minha casa. Eu, já com toda a tralha de acampamento pronta, o aguardava. Depois de um ligeiro desjejum, despedi-me de minha mãe, e então partimos. Seria um trajeto de pouco mais de 2km até chegarmos na casa do nosso novo companheiro de aventura, Tiago.
Eu já o conhecia, através de José Victor, que em 2009, convidou-me e Tiago para acamparmos na Pedra Rajada, entre os municípios de Ribeirão Claro e Jacarezinho, no Estado do Paraná.
6:40a.m - Enfim, chegamos na casa de Tiago, no bairro ourinhense mais conhecido como Cohab. O mandrião, estava acordado, porém, não tinha arrumado suas tralhas e equipamentos para a acampamento. Perdemos um bom tempo do clima fresco das primeiras horas da manhã, devido à este atraso. Mas sem mais desperdício de tempo, partimos em marcha, as 7:00a.m. Seriam no mínimo 7km, até o local onde deveríamos armar nosso acampamento. Haveria um caminho de 4km pela cidade, e 3km até o local desejado. Nossa direção era à marcharmos a sudeste.
9:30a.m - Chegamos próximos ao Clube Balneário Diacuí, tradicional clube da cidade de Ourinhos, este estabelecimento localiza-se nas margens do rio Paranapanema. Ao seguirmos o curso da estrada de terra, encontramos um ambiente repleto de árvores de eucalipto, algumas com cerca de 20m a 30m. Certamente, não foram plantadas para extração posterior. Logo adiante, encontramos a praia do "Bate Saco", lugar famoso da cidade, devido aos moradores que ali freqüentam para o lazer. O acesso é dado, pela travessia de uma ponte improvisada muito perigosa, que a princípio, deixou Luan receoso. Depois da travessia, seriam cerca de 30min de caminhada até chegarmos no lugar que acamparíamos.
Praia do Bate Saco
10:00a.m - Enfim, chegamos no lugar que montaríamos acampamento, e lá tivemos uma surpresa. Enquanto isso, descreverei a modificação do ambiente vegetativo, até o lugar que resolvemos montar acampamento.
Assim que chegamos à Praia do Bate Saco, a composição vegetativa, passou de grandes eucalipteiros, para uma grama rasteira, com poucas árvores (na maioria, com troncos e galhos pouco retorcidos), terra arenosa, alguns pequenos bambuzais espalhados, além de uma quantidade infinita de bromélias. Porém, aos poucos, caminhando à sudeste como pretendido, voltamos à nos deparar com as enormes árvores de eucalipto, majestosas, criando um lugar com mata um pouco densa, além de muito sombria, lugar excelente para encontrarmos abrigo.
Percebemos também, pelas trilhas deixadas no local, que ali seria certamente, um ponto onde pescadores iriam para tentar obter alimento. Seguimos estas trilhas até encontrarmos nosso local.
Os majestosos eucaliptos
A trilha que orientou nosso caminho
10:20a.m - Para nosso espanto e alegria, ao começarmos à procurar a encosta do lugar onde estávamos, nos deparamos, com o que nos serviu durante nossa estadia como abrigo. Ali se encontra, uma rudimentar plataforma coberta, para uso dos pescadores. O local propício para nós acamparmos. Foi uma dádiva encontrar aquele local. Rapidamente, sem muito esforço, começamos a cuidar do ambiente, recolher lenha, e fazer a fogueira. O fato de encontrarmos um abrigo pronto, nos poupou muito as nossas energias. Era só alegria.
Abrigo
Luan varrendo as dependências com uma vassoura improvisada com ramos de folhas
Eu pegando lenha
Tiago teve a brilhante idéia de cavar no barranco nosso fogão
(note que a grelha, nada mais é do que um pedaço de carrinho de feira)
11:00a.m - Com tudo pronto, agora era hora de prepararmos nossa refeição, afinal de contas, não nos alimentávamos desde as primeiras horas da manhã. Estávamos famintos. Depois do almoço, um descanso básico foi propício para reavermos energias para completar a estrutura do acampamento. Ainda faltava eu descobrir, como faria meu leito. Era certo de que eu usaria minhas cordas, mas ainda não havia encontrado o lugar ideal para montar minha rede. O sol estava firme no céu, não havia nenhum indício demonstrado pelas nuvens, que haveria alguma precipitação no dia. O céu estava limpo, e uma brisa suave brindava-nos aquele deleite. Preparamos um arroz, com seletas de legumes, proteína de soja, além de algumas lingüiças calabresas que Tiago trouxera.
Seletas!
Depois do almoço, uma bela paisagem para reflexão
13:00p.m - Tive a idéia de usar as duas vigas laterais que sustentavam os lados da plataforma, para fazer minha rede. Assim, eu dormiria suspenso, enquanto Lua dormiria abaixo de mim, no chão da plataforma. Foi uma trabalheira e tanto conseguir fazer uma rede satisfatória, depois de uma hora e meia, eu tinha pronto, o que seria onde eu descansaria minha carcaça durante a noite. Achei mais confortável do que a outra rede que eu fizera em Ribeirão Claro.
14:00p.m - Eu e Tiago, nos banhamos durante um tempo nas águas do rio. A água estava numa temperatura agradabilíssima, convidando qualquer uma para o banho. Luan, como não sabe nadar muito bem, foi para a Praia do Bate Saco, onde a areia das margens do rio submergem gradativamente, formando uma praia muito boa para pessoas que querem aprender a nadar, mesmo dentro cerca de 10m, no rio, ainda consegue-se encontrar com o pé, o chão. Já em outros pontos do rio, sequer à faixa de areia submersa, é simplesmente o abismo de águas.
Tiago em cima da árvore
Tiago dando uma força nas últimas amarrações da minha rede
Rede aprovada
Eu e o Tiago nadando
16:00p.m - Agora, depois de nos divertirmos, era hora de focarmos nas necessidades do acampamento. Em mais ou menos 4 horas, o sol estaria se pondo, e para que tivéssemos luz no acampamento, seria necessário recolhermos mais lenha. Também poderíamos explorar um pouco mais do ambiente que nos cercava. Nós queríamos uma fogueira gigantesca, pois já que não poderíamos estar próximos do fogo, que pelo menos um bafor suficiente, fosse jogado perto de onde dormiríamos.
Coletando lenha, percebemos, que a população de animais terrestres, resume-se nas graciosas capivaras (roedores que mandam na barranca do rio). A maioria dos animais, ou pelo menos, a maior diversificação, foi constatada nas aves, onde em apenas pouco mais de 5 horas, foram avistadas 7 espécies diferentes.
Entardecer no Rio ( Nuvem efeito da queima de canavial)
Tiago e a fogueira
Luan e a Fogueira
Eu e a fogueira
O acampamento e a fogueira
21:00p.m - Estávamos todos cansados, não havia nada mais à fazer senão dormir. E foi feito.
15 Novembro de 2010
07:00a.m - Como de costume, eu sou sempre o primeiro a acordar. Tratei de logo arrumar minhas coisas, pois nossa intenção, não era ficarmos lá até mais do que por volta do meio dia. Enquanto isso, Tiago e Luan, dormiam, dormiam, e dormiam. Enquanto isso, saí para dar umas voltas pelos arredores, pois queria encontrar alguma capivara na beira do rio. Eu sabia que a hora mais propícia para encontrarmos as capivaras, e nas primeiras horas do dia.
07:15a.m - Logo próximo ao nosso acampamento, num outro barranco, percebi uma família de capivaras. Eram um animal adulto, e mais outro animal ainda jovem. Tentei me aproximar sorrateiramente, mas eles detectaram minha presença. Em um segundo, estavam dentro da água.
07:45a.m - Ao voltar ao acampamento, Luan e Tiago ainda dormiam. Comi algumas guloseimas para passar o tempo. Sabia que logo eles não agüentariam o calor do dia, e acordariam. Dito e feito, em poucos minutos, os dois estavam de pé.
08:00a.m - Tiago, num momento de descuido, subiu nobre uma viga da plataforma que não aguentou seu peso, ela quebrou e ele foi por água abaixo. De roupa e tudo (coitado do seu celular).
09:00a.m - Resolvemos que já estava na hora de prepararmos nosso almoço, em três horas, deveríamos estar em marcha, rumando para nossas casas. Fizemos basicamente a mesma refeição do dia anterior, à não ser a ausência de calabresa.
Tédio de manhã
Nunca vi gostar tanto de dormir
Perspectiva da plataforma
Tiago depois de ficar encharcado
Tiago, Bruno, e Luan
10:30a.m - Nosso acampamento, estava desfeito. Tudo estava guardado, e não restava nada à não ser, se despedir do local e seguirmos nossa marcha. Mais uma vez, o dia estava lindo, e o tempo estável, sem nenhum prenúncio de chuva.
Rio Paranapanema
Margem do Rio
Marche!
An old Tree
Marche!
Marche!
O sol como testemunha
Macro
Macro
Macro
Saímos as 10:30p.m do barranco do rio e chegamos 13:30p.m em casa.